O Rio Grande do Norte entrou de vez na guerra fiscal para atrair novas fábricas.
Energia e mineração estão no foco do governo estadual, em uma clara demonstração
de que os incentivos dados às empresas pelas unidades da federação vão além dos
setores tradicionais da indústria, como as montadoras de automóveis. Esse
movimento ficou evidente na inauguração dos dois primeiros parques eólicos que a
Bioenergy construiu na cidade de Guamoré, onde o Brasil literalmente faz a
curva.
A governadora Rosalva Ciarlini (DEM) afirmou que dará os
incentivos fiscais para a General Electric (GE) instalar uma nova fábrica no
estado. Esses benefícios passam pela renúncia de 99% do Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS), 75% do Imposto de Renda e outros 50% no preço
do gás natural, caso sejam necessários insumos.
A cidade vive dos
royalties pagos pela Petrobras pela exploração de campos terrestres de petróleo.
Mas como a energia eólica agora está pulsando cada vez mais, ao lado da solar, o
governo estadual conseguiu atrair uma fabricante de equipamentos para energia
solar, num investimento de US$ 220 milhões feito pela norte-americana Finsolar.
Além disso, já há acordos para a instalação de uma fábrica de cavalos mecânicos
para a extração de petróleo em terra.
Segundo o secretário de
Desenvolvimento Econômico do estado, Benito Gama, o acordo com a Finsolar já foi
fechado e o que falta agora é a escolha de um local para a instalação da fábrica
desses equipamentos. Com isso, a perspectiva é de estimular o crescimento dessa
fonte de energia. E já há estudos para isso.
Para o presidente da
Bioenergy, Sergio Marques, a energia solar está em uma posição que a própria
eólica esteve há cinco anos. “Nesse momento, o que falta são incentivos e um
programa de longo prazo para que essa fonte decole, assim como ocorreu com a
energia dos ventos, viabilizada pelo Proinfa [programa de incentivo do governo
federal para a geração de energia por fontes alternativas] e, depois, com o
leilão dedicado a esta fonte”, diz.
Se depender da GE, a conversa pode
prosperar, segundo o líder da GE Energy para a América Latina, Jean-Claude
Robert.
Fonte:
DCI
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